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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Reivindicações oportunas

  
Temos vivido tempos conturbados, consequentes da forte pressão popular reivindicando soluções para propostas apresentadas ao Congresso Nacional, sem solução apesar do longo tempo decorrido.

Avaliamos, agora com calma, a eclosão de trabalhadores, bradando pelas ruas das grandes cidades os seus anseios, mostrando caminhos para a moralização do país e para que, finalmente, se pratique a justiça social e fiscal. Belo exemplo de cidadania que tem sido objeto da participação de outros povos igualmente discriminados em seus direitos.

Analisando as diversas manifestações, verificamos que a mais pura e lídima foi a que contou com a participação de estudantes, trabalhadores e sociedade em geral. Aquela em que tremularam apenas as bandeiras do Brasil. Um grito de alerta e de vontade de repensar as instituições públicas e ver o país crescer com a participação de todas as classes sociais, sem predominância do poder de quem quer que seja. Respeito à democracia e à cidadania.

Nas últimas marchas, vimos aparecer propostas voltadas para os aposentados, pensionistas e segurados em atividade. Uma delas pede o fim do execrável ‘fator previdenciário’. Protelar por tanto tempo a decisão de extirpá-lo, quando se sabe que a Seguridade Social, apesar das desonerações irrefreáveis, tem contabilizado anualmente saldos financeiros positivos, é inaceitável.

Referimo-nos às questões dos trabalhadores nas últimas matérias que publicamos no nosso Terceiro Tempo.

Já está na hora de colocarmos o homem como centro de nossas atenções de governo; temos repetido isso exaustivamente. Causa-nos satisfação saber que o bom Papa Francisco, em uma de suas falas, usou também essa máxima.

Nós trabalhadores construímos essa maravilha de país, que poderia, sem sombra de dúvida, mesmo sem contar tanto tempo de ‘civilização’ quanto a Europa, estar capitaneando o desenvolvimento do nosso planeta. Temos um povo ordeiro, trabalhador, criativo, bom e, entre tantos outros possíveis adjetivos, solidário.

Precisamos pressionar mais as autoridades e todos os poderes. Pensar mais nas eleições de 2014, porque afinal somos responsáveis pela composição do futuro Congresso Nacional, que decerto será renovado nessa ocasião.

Quanto a outros pleitos ainda não levados para as ruas, podemos colocar a extinção da contribuição de aposentados e pensionistas, que arranha a doutrina previdenciária uma vez que atinge o seu princípio básico, da contrapartida. Paga-se a contribuição e nada se tem de retorno. Está errado! Desonera-se o empresário da contribuição previdenciária e cobra-se daquele que já pagou pelo tempo exigido em lei. Absurdo!

Lá vai outra proposta: pagar todos os precatórios devidos a trabalhadores, empresas e servidores públicos. É mais justo e decente do que repassar recursos para o exterior.

As ruas pensam assim. Vamos ouvi-las?

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