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domingo, 1 de julho de 2012

Os trabalhadores são lembrados na Rio+20

  
Em meio à grande turbulência mundial, com a instabilidade financeira e seus desdobramentos incontroláveis, realizou-se no Brasil – no Rio de Janeiro – a maior conferência da ONU, que deixou para a humanidade precioso legado de ideias, novos conceitos sobre aquecimento e tudo o mais que se relacione com o desenvolvimento sustentável. Publicações valiosas foram distribuídas a centenas de milhares de participantes que acorreram ao evento, engajando-se com criatividade a toda a programação.

Embora haja críticas ao documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, temos que atribuí-las aos governantes que não de propuseram a assinar o ‘Rascunho Zero’ – documento inicialmente elaborado que, bastante completo, atendia aos anseios da maioria da sociedade. Depois de bastante enxugado, foi referendado, ficando como o legado de pontos capitais, que todos terão que cumprir.

Nada se pode contestar quanto à organização da Rio+20, sua estruturação, temas de palestra e oficinas, assim como com relação à intensa participação popular, fato este reconhecido pelas delegações que participaram intensamente da programação.

Temas especiais chamaram a nossa atenção, como: educação permanente para o trabalho e a vida; inclusão social e distribuição de renda; e os demais relacionados a governança e ética para a promoção da sustentabilidade.

O que queremos enfatizar, e que causou grande satisfação aos trabalhadores, foi a referência feita pela presidente Dilma Rousseff, em seu discurso de instalação da Conferência, a respeito dos cuidados que se deve ter com os aposentados, trabalhadores, crianças e outras parcelas da população. Em todas as falas sobre sustentabilidade, constou sempre como marco fundamental a necessidade de impulso ao desenvolvimento.

Tese bastante recorrente no Brasil inteligente: crescer com desenvolvimento sustentável. Sabemos como fazer! São anos a fio em que nós, adeptos dessa teoria do crescimento com sustentabilidade, combatemos a ‘política de austeridade’, apresentada como solução para a crise financeira que assola a Europa. A Alemanha custa a se render e acha que deve ‘fechar a conta’ com redução no valor dos benefícios; cortes em seus programas; supressão de postos de trabalho... E por aí vai. E vai sabem para onde? Para a recessão e a depressão econômica.

Vários países que desprezaram o valor da participação da renda de trabalhadores, aposentados e pensionistas na sustentação da economia estão revendo estes conceitos. A redistribuição de renda, a capacitação dos jovens dispostos a ingressar no mundo do trabalho, isto sim, gera receita através do consumo de bens necessários à vida, concorrendo, ainda, para a estabilidade das famílias e a ordem interna dos países.

Já lembramos, em matéria anterior, que países que investiram no travamento de suas economias tiveram seus gestores repudiados e rejeitados, nas eleições havidas recentemente. Assim, a tônica do desenvolvimento com sustentabilidade, incluído nas principais falas da Rio+20, exaltou a posição do Brasil, que liderou, com soberania, todo o desenrolar do importante encontro de líderes mundiais.

Que foi democrático e aberto a todas as opiniões. Quem quis protestar, protestou. Quem quis se incorporar ao movimento de mudanças, pôde fazê-lo através da fala, do apoio a propostas e programas culturais e da integração com todas as etnias presentes a este monumental evento. Um espetáculo de sociabilidade, de criatividade e de postura profissional dos organizadores.

A diplomacia brasileira está de parabéns: conseguiu harmonizar o texto final da Conferência, de acordo com a manifestação da maioria. Não se pode impor a dirigentes de todos os países a vontade de alguns. O texto, que para muitos está vazio, para nós foi o possível e contém a bula geral para o desenvolvimento sustentável. O nosso planeta sabe que hoje muitos estão preocupados com ele e dele cuidando.

Cada um que faça a sua parte; as regras estão na mesa. Os prefeitos de importantes cidades presentes ao evento deram a partida. Outros, que os sigam.

Ainda uma vez, a gratidão de trabalhadores, aposentados e pensionistas pelo cuidado e importância que demonstraram pela sua participação no desenvolvimento e soberania nacionais.

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