Temos
vivido tempos conturbados, consequentes da forte pressão popular reivindicando
soluções para propostas apresentadas ao Congresso Nacional, sem solução apesar
do longo tempo decorrido.
Avaliamos,
agora com calma, a eclosão de trabalhadores, bradando pelas ruas das grandes
cidades os seus anseios, mostrando caminhos para a moralização do país e para
que, finalmente, se pratique a justiça social e fiscal. Belo exemplo de
cidadania que tem sido objeto da participação de outros povos igualmente
discriminados em seus direitos.
Analisando
as diversas manifestações, verificamos que a mais pura e lídima foi a que
contou com a participação de estudantes, trabalhadores e sociedade em geral. Aquela em que
tremularam apenas as bandeiras do Brasil. Um grito de alerta e de vontade de
repensar as instituições públicas e ver o país crescer com a participação de
todas as classes sociais, sem predominância do poder de quem quer que seja.
Respeito à democracia e à cidadania.
Nas
últimas marchas, vimos aparecer propostas voltadas para os aposentados, pensionistas
e segurados em
atividade. Uma delas pede o fim do execrável ‘fator
previdenciário’. Protelar por tanto tempo a decisão de extirpá-lo, quando se
sabe que a Seguridade Social, apesar das desonerações irrefreáveis, tem
contabilizado anualmente saldos financeiros positivos, é inaceitável.
Referimo-nos
às questões dos trabalhadores nas últimas matérias que publicamos no nosso Terceiro Tempo.
Já está
na hora de colocarmos o homem como centro de nossas atenções de governo; temos
repetido isso exaustivamente. Causa-nos satisfação saber que o bom Papa
Francisco, em uma de suas falas, usou também essa máxima.
Nós
trabalhadores construímos essa maravilha de país, que poderia, sem sombra de
dúvida, mesmo sem contar tanto tempo de ‘civilização’ quanto a Europa, estar
capitaneando o desenvolvimento do nosso planeta. Temos um povo ordeiro,
trabalhador, criativo, bom e, entre tantos outros possíveis adjetivos,
solidário.
Precisamos
pressionar mais as autoridades e todos os poderes. Pensar mais nas eleições de
2014, porque afinal somos responsáveis pela composição do futuro Congresso
Nacional, que decerto será renovado nessa ocasião.
Quanto a
outros pleitos ainda não levados para as ruas, podemos colocar a extinção da
contribuição de aposentados e pensionistas, que arranha a doutrina
previdenciária uma vez que atinge o seu princípio básico, da contrapartida.
Paga-se a contribuição e nada se tem de retorno. Está errado! Desonera-se o
empresário da contribuição previdenciária e cobra-se daquele que já pagou pelo
tempo exigido em lei.
Absurdo !
Lá vai
outra proposta: pagar todos os precatórios devidos a trabalhadores, empresas e
servidores públicos. É mais justo e decente do que repassar recursos para o
exterior.
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