O povo
brasileiro demonstrou ao mundo a grande lição de civilidade, ao receber, no Rio
de Janeiro, uma incalculável massa humana – fala-se em três milhões e meio de
pessoas nas celebrações havidas na Praia de Copacabana – com carinho,
cordialidade e respeito, em encontro fervoroso que marcará o século em que
vivemos. Ocasião ímpar em que soubemos ouvir música, palavras e silêncio,
quando cabia cada um deles.
É
possível, sim, mudar o mundo, respeitando a diversidade de religiões, etnias e
costumes, numa convivência harmônica em que, acima de interesses pessoais e de
grupos, esteja o apreço pelos direitos individuais de cada um e coletivos de
toda a sociedade.
Assistimos,
também como partícipes, ao longo de uma semana, à pregação de propostas que em
muito se identificam com aquilo por que lutamos: a rebeldia contra a
discriminação de qualquer natureza e a supressão das garantias necessárias à
Paz e à Felicidade. Estamos hoje, brasileiros e cidadãos de todo o mundo, mais
seguros dos rumos de nossa luta.
A união
de todos pela conquista dos direitos sociais está presente, neste momento. Com
inteligência e persuasão, temos que partir para o convencimento da classe
dirigente de que, com as garantias da lei, podemos alavancar o progresso do
nosso país e, com os irmãos de além-mar, o de todo o planeta.
O que
não é aceitável é que o homem, o trabalhador, arque com todo o ônus e todo o
peso de levar avante o Brasil, sem o reconhecimento justo do seu esforço. É
inadmissível a pesada carga tributária que onera aquele que trabalha,
confrontada com as isenções permitidas aos rentistas e ao empresariado.
Senão,
vejamos: como impor ao aposentado e ao pensionista a contribuição
previdenciária incidente sobre seus proventos e pensões, com o concomitante
favorecimento a segmentos da economia com a desoneração dessa mesma natureza de
contribuição? Quem deveria pagar – e pagar pesadamente haja vista os crescentes
lucros anunciados – num quadro de justiça social? Quem?
São
muitas as injustiças praticadas contra os trabalhadores. O fator
previdenciário, execrado em praça pública, está pronto para ser banido pelo Congresso
Nacional, mas sua extinção vem sendo procrastinada, sabe Deus (talvez, nem Ele)
por quê. Queremos o seu banimento! Foi medida perversa alocada no caminho dos
trabalhadores, para retardar sua aposentadoria e subtrair parcela financeira
para a qual contribuiu, sem que lhe seja auferido direito usufruir na
inatividade. Uma maneira de, ao confiscar direitos, pagar menos e fazer sobrar
mais.
E os
saldos sempre crescentes na execução do Orçamento da Seguridade Social? O que
fazem com eles? Distribuem para áreas do governo sem qualquer identificação com
os compromissos de benefícios, saúde e assistência social! Sem falar no
pagamento e rolagem da dívida interna! Vão ficando para trás os pagamentos dos
precatórios, que nada mais são do que a recuperação judicial de parcelas
confiscadas dos trabalhadores. Não há prioridades nos direitos!
É esse o
basta que queremos dar! É o que as ruas exigem: respeito aos direitos dos
cidadãos! Ouvimos isso como máxima, na bela semana de espiritualidade elevada
que nos comoveu a todos. Com ordem, concórdia e Paz, vamos seguir os preceitos
da igualdade, da solidariedade e da justiça. E lutar pelos menos favorecidos;
aqueles que não têm voz nem voto.
Perseverar
até que entendam que chegou a hora de construir um Brasil mais justo e, de
fato, soberano!
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