Não só o Brasil mas
todos os países do mundo precisam de ordem interna e paz, para os seus
cidadãos. Com tantos problemas para resolver, assistimos com tristeza e
apreensão a refrega entre poderes da República, ferindo a estabilidade de
competências, sacramentada na Constituição Federal de 1988. Lá se vão 25 anos e
só agora acham de sufocar o Supremo Tribunal Federal e desmontar o Ministério
Público Federal. Justamente no momento em que a sociedade acordou da letargia
de décadas e confiou que é possível um Brasil ordeiro, honrado e soberano.
Curioso...
São muitas as
Propostas de Emenda à Constituição tramitando no Congresso Nacional. Melhor que
não estivessem entre elas as de números 33 (submissão de decisões do STF ao
legislativo) e 37 (impedimento da atuação do MPF em investigações criminais),
invasivas e incômodas para a estrutura dos órgãos superiores de decisão do
país.
O Congresso Nacional
precisa agilizar questões relativas aos direitos dos trabalhadores, que veem
chegar o 1º de Maio sem qualquer aceno de recomposição de seus salários, nem recuperação
de perdas impostas por decisões injustas e sem critério.
Precisamos ver
implantado o respeito ao direito dos trabalhadores. Há notícias de que suas
representações, a partir de maio, farão mutirões em Brasília, no sentido de
esclarecer e conscientizar parlamentares quanto aos seus pleitos.
A desaposentadoria é
uma reação lógica à supressão do benefício outrora em vigor (o pecúlio
especial), correspondente a novas contribuições vertidas ao Sistema de
Seguridade Social após a aposentadoria. O que queriam? Manter contribuições sem
a respectiva contrapartida? Isto no Regime Geral de Previdência Social – RGPS.
A ação tem
correspondência com o regime próprio dos servidores públicos, aos quais foi
impingida, pela reforma de 2003, contribuição de aposentados e pensionistas,
sem qualquer benefício atrelado a ela. Consequência: a PEC 555, que tramita
desde 2006 é a reação natural à quebra desse mesmo princípio da contrapartida,
que esteia a doutrina previdenciária quanto aos direitos e deveres dos seus
participantes. Não pode haver contribuição sem o correspondente benefício! Os
argumentos de ‘contribuição social’, de que ‘a previdência está quebrada’, como
tantos outros, são pura conversa fiada. Não ‘colam’ mais.
A fantástica queda do
valor do teto dos benefícios, de 10 para 6 salários mínimos, é outro disparate
que não tem explicação, num país em que se garante viver num estado democrático
de direito! Paga-se por um determinado teto durante anos, na expectativa de
gozar os direitos vigentes, e, na ocasião do cálculo dos proventos, vem a
impostura do ‘fator previdenciário’, que reduz em até 40% o que seria justo
receber. Vale ou não o contrato; a expectativa do direito?
São muitas as questões
tramitando hoje no Congresso Nacional, a passo de cágado, trazendo insatisfação
para os trabalhadores que construíram este país maravilhoso. Não adianta
alardear que somos a sexta, sétima ou oitava economia do mundo, se o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) está muito longe dessa realidade, perto do 80º
lugar. Ou seja, se não há correspondência em saúde, educação, trabalho, moradia
etc., mal comparando é como ter um palácio onde morem maltrapilhos doentes.
Vamos harmonizar
crescimento econômico com direitos sociais, aspectos tão bem dispostos na
Constituição, e esperar que, no próximo 1º de Maio, tenhamos alcançado sucesso
em nossas lutas pelos trabalhadores.
Ordem, Paz e Justiça Social: é do que o Brasil precisa! Não de embate entre os poderes. Como diriam os antigos, cada macaco no seu galho.
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